Da luz e das sombras
Imagina uma luz no
centro da sala. Imagina todas as sombras que, dessa luz, se projectam nas
paredes brancas. Essa luz és tu. E as sombras desenhadas nas paredes são
estados teus. Tuas sombras, portanto. Concluis, então, que és feito de luz e de
sombras, como te definiu a condição humana. És dual.

Os seres duais vivem
assim, sabendo que a luz existe porque existem sombras. Mas também não esquecem
que, por detrás dos nevoeiros sombrios que entristecem o semblante, há uma luz
que os espera para lhes lembrar que são sublimes. E que escolhes tu ver? A luz
que és, ou as sombras em que te projectas?